Soldados do Batalhão de Choque são parabenizados pelo comandante-geral da PM pela prisão de Nem
“O sentimento é de missão cumprida”. Foi assim, ao estilo Capitão Nascimento, que o tenente do Batalhão de Choque Ronald Cadar classificou a prisão de Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem. O traficante que liderava o tráfico de drogas na Favela da Rocinha foi detido na noite de quarta-feira (9), enquanto tentava fugir no porta-malas de um automóvel.
Foto: Agência O Globo Ampliar
Antônio Francisco Bonfim Lopes estava escondido no porta-malas de um carro
“Só queríamos ver a mala. Estávamos fazendo isso com todos os veículos que passavam pelo local. Até mulheres com crianças. Pedíamos para as pessoas desembarcarem para abrir o porta-malas”, contou o cabo Martins, de 40 anos, que participava da blitz.
Por causa da recusa, um comboio foi montado para levar o carro e seus ocupantes até a sede da Polícia Federal. No caminho, os PMs ainda receberam uma oferta de propina para que o veículo fosse liberado que chegou a R$ 1 milhão. Após a revista dos agentes federais, Nem foi encontrado no porta-malas e, com ele, R$ 60 mil e 50 mil euros, totalizando, aproximadamente, R$ 180 mil.
“No início, quando soube que os ocupantes não queriam que seu carro fosse revistado, pensei que pudessem ser diversas coisas. Só depois eu percebi que era algo mais sério porque a ocorrência começou a demorar muito”, relembrou Cadar, de 26 anos, sendo quatro deles na Polícia Militar.
A atitude dos PMs foi elogiada pela corporação. "Foram alvos de uma tentativa de suborno e receberam ‘carteirada’, mas seguiram em frente. Essa é a essência da polícia, um agente honesto que acredita no seu trabalho”, declarou o chefe do Estado Maior Operacional da Polícia Militar, coronel Alberto Pinheiro Neto.
Horas antes da prisão de Nem, três policiais civis, um PM reformado e um ex-PM tinham sido presos suspeitos de ajudarem na fuga de cinco traficantes que saíam da Rocinha. Eles estavam em um comboio de quatro carros que seguia pelo bairro da Gávea. “Essa não é a postura ensinada na academia de polícia, mas todo mundo tem direito de escolhas. Eles fizeram a deles e nós fizemos a nossa”, avaliou Ronald Cadar.Fonte:G1 Anderson Dezan, iG Rio de Janeiro | 10/11/2011 18:42
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